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Novo Centro Comercial só ficará pronto em dois anos e meio

Texto e fotos: Beatriz Santini (beatrizfsantini@gmail.com)

O Comper, principal supermercado da região universitária, fechou suas portas no dia 31 de março, e até hoje, mais de seis meses depois, os estudantes e a comunidade ainda não tem uma alternativa adequada para fazer as suas compras.

No local que ficava o antigo mercado está sendo construído um Centro Comercial. O projeto prevê a construção de duas torres, com dois sub-solos, térreo, dois andares de garagem com 380 vagas e sobrelojas. Serão 26 mil metros quadrados de área construída nos 12 pavimentos. O novo estabelecimento abrigará, além de lojas de diversos tipos, um novo supermercado, com área maior do que a do antigo Comper.

O terreno é de propriedade da Província São Lourenço de Brindes, dos frades capuchinhos do Paraná e de Santa Catarina. O Frei Itamar José, que cuida da obra e define o novo projeto como “futurista”, diz que ainda não foi definido que rede de supermercados ficará com o novo espaço. Mas conta que estão recebendo várias ofertas, inclusive da empresa Comper. “Como é um bairro universitário, e de classe popular, tem que ser um mercado que atenda esse público, então vamos levar tudo isso em consideração na escolha”.

O engenheiro José Artur Ouriques, responsável pela obra da construtora ACCR, estima que em dois anos e meio o novo centro comercial estará pronto. A obra ainda está na etapa de escavação do terreno, e a próxima etapa é a de fundação, que pode sempre ter algum imprevisto e por isso dificulta uma previsão exata de quando ficará completamente pronta.

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SITUAÇÃO DOS ESTUDANTES

O mercado Comper, que funcionava na Rua Lauro Linhares há 41 anos, era conhecido pela suas filas enormes, mau atendimento e sujeira interna. Ele inclusive já foi alvo de uma manifestação nas redes sociais como contamos aqui.  Mas agora, quem costumava frequentar o estabelecimento está sentindo falta dele.

O estudante de economia Leonardo Antunes é morador do bairro Córrego Grande e acaba deixando para fazer as suas compras todas juntas, a cada duas semanas, porque precisa pagar um táxi para ir até o supermercado mais próximo. Leonardo também considera alto o preço dos mercados da região.

Já o estudante de educação física Jorge Junkes criou um novo hábito com o fechamento do mercado. “Senti falta da proximidade do Comper, porém como o preços dos produtos não eram dos menores me adaptei rapidamente as caminhadas”. Jorge opta por ir em um supermercado no bairro Santa Mônica enquanto não tem nenhuma opção no bairro Trindade, onde ele mora.

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