APAE de São José completa 40 anos de apoio ao desenvolvimento psicossocial
Texto, vídeo e fotos: Vanessa Farias (vanessa.fs.93@gmail.com)
“O meu maior desejo é estar sempre de bem com a vida e ajudar o próximo”, esse é o sonho de Igon Trupel, de 32 anos. Ele é aluno da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE ) de São José e, há dois anos e meio, trabalha como auxiliar administrativo em um shopping na Grande Florianópolis. Para Igon, trabalho não é sinônimo de obrigação, mas de inserção social. “Aqui na APAE eu tive toda a base para poder ir para o mercado. Eu queria sentir o que é ser trabalhador, acordar cedo e poder ser útil para alguém. Como meus amigos, queria chegar em casa cansado do serviço, mas grato por me sentir importante”. As tarefas realizadas no emprego e também na Associação ajudaram no desenvolvimento mental e social do jovem.
Há quatro décadas, a APAE realiza trabalhos para estimular o potencial de seus alunos. Fundada em 27 de maio de 1975 por uma equipe de pessoas envolvidas com a atividade filantrópica e de pais empenhados no suporte aos portadores de deficiência mental, a Associação de São José é responsável por 220 alunos, entre zero e 68 anos, e possui 70 funcionários entre pedagogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, professores, nutricionistas e técnicos. A entidade conta com a ajuda financeira do governo de Santa Catarina, prefeitura e da própria comunidade.
O começo de vida da APAE e da introdução profissional de Igon têm algo em comum: não foram nada fáceis. Enquanto ele teve que enfrentar o preconceito social para mostrar que é capaz de prestar um trabalho; a instituição, a partir da década de 1970, precisou encarar a discriminação da sociedade diante de um projeto que tinha como objetivo ajudar pessoas com deficiência mental. Tanto a Associação quanto o jovem conseguiram passar por essas dificuldades. Em 2013, a APAE de São José ganhou o prêmio de melhor do Brasil. Hoje, Igon se diz realizado com o que faz: “eu mostrei que posso exercer qualquer tipo de tarefa”.
As profissionais do setor de recursos humanos da empregadora, Jaqueline Soares e Lilian Romanha, trabalham junto a Igon e acompanham a sua carreira desde que ele começou a atuar na empresa. “Nós fizemos uma preparação com toda a equipe, desde o pessoal de base, até os cargos mais altos, para poder recebê-lo. Ele foi muito bem acolhido por todos”, explica Jaqueline. Ela ainda ressalta que a maior qualidade do jovem é a sua capacidade de adaptação, adquirida desde quando começou a estudar na APAE. Lilian destaca o crescimento de Igon: “eu percebo que ele vem somando cada dia mais. É uma pessoa aberta e simpática. Está sempre sorrindo e nunca reclama. Isso é o que nós chamamos de um profissional excelente, porque se torna um exemplo dentro do ambiente de trabalho”.
Valdirene da Silva Clausen é orientadora pedagógica na APAE de São José há 10 anos. Desde que entrou na instituição viu o quadro de funcionários ser cada vez mais qualificado com o tempo. “Agora, praticamente todos os professores daqui possuem graduação e já conhecem bem a realidade da educação especial”, revela. “Os atendimentos melhoraram muito não só em relação ao desenvolvimento dos nossos alunos, mas também para unir ainda mais a equipe de profissionais que trabalha na associação”. A psicóloga Jussara Regina Eckel, que está há 12 anos na entidade, diz que os 40 anos de existência da APAE deram credibilidade à instituição que hoje é bem vista pela sociedade. “As próprias famílias dos alunos passaram a confiar mais no nosso papel e na melhora do desempenho mental de seus parentes. Eu me emociono muito quando vejo a evolução de cada um, porque o que nós queremos é fazer com que as pessoas com deficiência se sintam parte da sociedade verdadeiramente, como é o caso do Igon, que hoje é um exemplo a ser seguido”.
[widgetkit id=10392]
Ento muito bom o post. Comigo o que ta matando minha insonia ai nem me pergunte sobre dormir bem, passei por momentos bem difceis no colgio e at no meu conturbado casamento por causa dessa maldita insonia. O que me ajudou foi um cocho daqueles que relaxam agente pra pegar no sono. Ainda tenho as vezes minha insonia se fico muito brava durante o dia, mas a falta de sono diminuiu muito.