Trabalho infantil em números
Texto e infografia: Amanda Reinert
Fotos: Dener Alano
O trabalho infantil, naturalizado em algumas regiões do Brasil, estava em queda desde 2005, mas em 2014 esse número voltou a aumentar. Divulgada em 2015 pelo IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) indicou que em 2014 houve um crescimento de 9,48% dessa atividade. Em 2013 havia 506 mil crianças entre 5 e 13 anos trabalhando, em 2014 esse número aumentou para 554 mil.
A legislação brasileira proíbe o trabalho para os menores de 14 anos. A partir dessa idade, o adolescente pode exercer a função de aprendiz, mas com uma jornada de trabalho menor e com condições favoráveis à sua formação e desenvolvimento físico e mental. Se considerarmos a faixa de idade dos 5 até os 17 anos, existiam, em 2014, 3,3 milhões de pessoas trabalhando. Nesse contexto, Santa Catarina aparece como o segundo estado com mais trabalhadores nessa faixa etária, atrás apenas do Piauí.
A região rural ainda é a que mais utiliza o trabalho infantil, 62,1% das crianças entre 5 e 13 anos. A pesquisa ainda aponta que o rendimento mensal na época eram de 215 reais e algumas não recebiam salário. Apesar desses dados, 96,8% das crianças até os 13 anos que trabalham estão matriculadas na escola.
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