Confiança e credibilidade é a marca da chapa 81
Texto e vídeo: Beatriz Santini (beatrizfsantini@gmail.com) e Manuela Tecchio (manuela.tecchio@gmail.com)
“Confiança e credibilidade: essa é a nossa marca”, garante Claudio José Amante (CCS), candidato a reitor. Esse é também o nome da chapa 81, composta também pelo professor Rogério Cid Bastos (CTC). Em entrevista ao Cotidiano, os candidatos da afirmaram que querem administrar a UFSC numa constante construção coletiva. A ideia é fazer com que estudantes, professores, servidores e todos da comunidade acadêmica participem ativamente do processo de gestão, seja com novas ideias, sugestões ou mesmo com críticas.
Quando questionados sobre as principais propostas, os candidatos colocaram o resgate da confiança da comunidade acadêmica na administração universitária como uma prioridade. É por isso que defendem a desburocratização dos processos administrativos: “As pessoas precisam voltar a confiar na universidade, saber que as coisas vão funcionar”, argumenta Bastos.
Quanto à questão da segurança pública, o professor Amante pensa que novas ideias precisam ser debatidas, para que as medidas sejam eficazes, sem serem autoritárias. E para isso, o professor defende a ocupação do campus com atividades culturais e a criação de espaços de convivência entre os estudantes. Apesar disto, criticou o modelo das festas que ocorrem atualmente: “Festa é uma coisa importante! Agora, veja bem… Fazer um evento, na madrugada, que a comunidade não dorme [por causa do barulho] e que no outro dia está tudo quebrado… Eu preciso dizer o que eu acho?”, lamenta Amante.
O professor Rogério ressaltou ainda a falta de insumos para o ensino e a defasagem da estrutura da universidade. O candidato a vice-reitor comentou o caso do curso de Farmácia que carece de reagentes e outros produtos para as aulas. Ele acredita que boa parte da culpa seja do engessamento das políticas administrativas, e que é uma função da administração central contornar essas adversidades.
Outro ponto defendido pela chapa foi a recuperação do caráter de excelência da UFSC, que já foi uma das 5 melhores do país. “A universidade precisa ser de excelência. E para isso precisa resgatar o relacionamento com organismos sociais e políticos.”, defende Rogério.
O Portal Cotidiano perguntou aos candidatos por que percebemos cada vez mais o afastamento entre ensino, pesquisa e extensão. Os integrantes da chapa 81 acreditam que isso se dá pela falta de convívio e comunicação entre os professores de gerações diferentes. Para eles, a solução seria criar espaços de integração e favorecer a humanização e a cultura dos servidores.
Sobre o relacionamento da gestão com a comunidade acadêmica, os candidatos garantiram uma postura de diálogo aberto. “Um gestor tem que ser criativo. Nenhum administrador vai conseguir fazer uma gestão isolada, de gabinete.”, explica o professor Amante, que prometeu levar em consideração as reclamações e propostas dos alunos.
Fomentar a pesquisa e promover oportunidades aos estudantes, inclusive a nível internacional, é uma das propostas. Se eleitos, eles acreditam ser possível unir forças com reitores de outras universidades públicas para reivindicar a volta do programa Ciências sem Fronteiras, que beneficiou os estudantes da UFSC e recentemente foi cortado pelo governo federal. “Pensar pequeno é matar sonhos”, acredita o candidato a vice.
Por fim, os candidatos acrescentaram que a marca inovadora da gestão é a credibilidade. “Em época de campanha todos os candidatos são bons, mas nós garantimos confiança”, concluiu o professor Rogério.
No dia 22, próxima terça, o Cotidiano entrevista os integrantes da Chapa 82, professor Luis Carlos Cancellier e professora Alacoque Erdmann. Acompanhe, comente, compartilhe a cobertura as Eleições UFSC/2015
A Farmácia Escola é um espaço no qual são desenvolvidas atividades de ensino, pesquisa e extensão do Curso de Farmácia da UFSC, por meio de convênio com a Prefeitura Municipal de Florianópolis. Nela atuam três servidoras da UFSC, cinco professores, 25 bolsistas de graduação, estudantes do Estágio Obrigatório em Farmácia (previsão de 60 estudantes/semestre a partir de 2016.2), estudantes de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado em Farmácia, Mestrado em Assistência Farmacêutica e Residência Multiprofissional), além de servidores da PMF e estagiários da Estácio de Sá contratados pela PMF. Mensalmente a farmácia atende cerca de 7000 usuários, moradores de Florianópolis, os quais retiram gratuitamente os Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, os quais são fornecidos pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde e este é o único local em Florianópolis que disponibiliza tais medicamentos. A situação atual da Farmácia é extremamente crítica, comprometendo a segurança de seus usuários e a viabilidade do projeto.
Os candidatos conhecem a Farmácia Escola? Venha conhecê-la e discutir propostas que garantam a sua viabilização!
Muita boa a reportagem com os candidatos Cláudio e Rogério. Coerentes nas suas falas. Transmitem confiança. Parabéns. Meu voto é deles.