Chapa ”Somos Tod@s UFSC” propõe participação e autonomia
Texto e vídeo: Eduarda Pereira e Ricardo Pessetti
Para Irineu, os estudantes dão vida à instituição. Por isso, é papel da reitoria ouvi-los não só nos momentos de greve. Ele propõe a inclusão dos discentes em câmaras de participação. “Eles [os alunos] conhecem de perto os problemas da universidade, então podem ajudar a reitoria a encontrar soluções eficazes”.
Com relação às paralisações, o professor defende maior articulação da reitoria com a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) para pressionar Brasília pelo fim das greves. “Nós vamos nos esforçar para restabelecer a autonomia universitária e mobilizar reitores”.
Irineu também acredita na consolidação da pesquisa através de maior integração entre graduação e pós, políticas de incentivo e pressão por maiores recursos. “A constituição manda que o estado invista 2% do seu orçamento na pesquisa, cabe à reitoria garantir isso”, defende o professor. Quanto à extensão, a chapa acredita que falta valorização: “Hoje, o docente não recebe nada por isso, nenhum reconhecimento”.
Entre as principais propostas da chapa “Somos Tod@s UFSC”, também está a mobilização em torno da reabertura dos cargos de segurança, a ampliação do restaurante universitário, o aperfeiçoamento das políticas de permanência e a integração entre os campi. A candidatura também se posiciona contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e os cortes na educação promovidos pelo governo federal, além de ser a favor das 30 horas semanais de trabalho para os técnicos.
Ao fim da entrevista, Irineu reforça a importância da autonomia universitária na resolução dos problemas da UFSC: “Este será o diferencial da nossa gestão, nós vamos para Brasília articular com reitores, deputados e senadores para pedir melhorias ao governo federal”.