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Alunos de arquitetura fazem intervenção no corredor da BU

Texto e foto: Natália Duane (nataliaduanedesouza@gmail.com)

O corredor de árvores entre a reitoria e a Biblioteca Universitária não é só local de passagem hoje, graças à intervenção dos alunos da disciplina introdução a projetos da primeira fase de arquitetura da UFSC. Com o tema “Parar para prosperar“, origamis de tsuru – dobradura em forma de ave – voam sobre as cabeças de quem passa pela intervenção no local. Dentro deles, há uma semente de girassol que pode ser pega em troca de um desejo escrito no papel.

Os alunos constataram em aula que o loca, embora agradável e com vários aromas das árvores, não é aproveitado. Segundo a estudante Camila Costa, antes das dobraduras, foi considerado colocar puffs ou redes nos locais. “Pensamos bem e vimos que o corredor é um local de passagem, e com os tsurus as pessoas podem, ao menos, levar um desejo”.

As sementes podem ser pegas até as 18h, quando os tsurus serão levados para o Centro Acadêmico de Arquitetura. É possível saber mais sobre processo de criação da intervenção no site do projeto.

Veja fotos abaixo:
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LENDA DOS MIL TSURUS

Segundo antiga lenda japonesa, quem dobrar mil origamis de tsurus terá seu desejo realizado. Essa lenda foi popularizada após a Segunda Guerra Mundial, quando Sasaki Sadako teve problemas de saúde na adolescência em função da radiação. Sadako, que era apenas um bebê quando Hiroshima foi bombardeada, começou a fazer as dobraduras, mas morreu antes de chegar aos 1.000.

Três anos após a morte da menina, amigos e familiares organizaram uma campanha e ergueram o Monumento das Crianças à Paz – estátua de Sadako segurando uma ave dourada – no Parque da Paz em Hiroshima. Todos os anos, no Dia da Paz (6 de agosto) são depositados origamis junto ao monumento.

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