ArquivoReportagens

Administração se compromete a propor solução para falta de BU até a sexta

Texto: Natália Duane  (nataliaduanedesouza@gmail.com)

A vice-reitora da UFSC, Lúcia Helena Pacheco, se comprometeu durante audiência com estudantes a propôr uma solução à falta de espaço para estudos causado pelo fechamento da Biblioteca Universitária (BU), desde o dia 18 de março. A reunião foi marcada na tarde de ontem, após conversa com aluno de química responsável pela criação do evento no facebook “Ocupa BU”. A manifestação aconteceria às 12h30 de hoje,  3 de junho, mas foi cancelada para que fosse feita uma discussão com os demais alunos no mesmo horário. Cerca de 50 acadêmicos compareceram à reunião no auditório Pitangueiras do Centro de Eventos, para ouvir esclarecimentos da Chefe de Gabinete, Pró-reitor Adjunto de Assuntos Estudantis e Diretora do Sistema de Bibliotecas da UFSC.

A diretora do sistemas de bibliotecas e também aluna da universidade,  Dirce Maris Nunes da Silva, diz que a reivindicação é justa, mas  não ignora o direito dos servidores que aderiram à greve. São necessários ao menos 15 servidores para manter as operações da Biblioteca Central, mas só há quinze estão trabalhando. Ao ser questionada sobre a possibilidade de abertura do local com os servidores em atividade e os pontos de auto-atendimento, esclareceu que os funcionários se negam a fazer o trabalho dos colegas em greve. “Eles tem o direito de continuar trabalhando, mas respeitam o direito de quem parou”.

A Biblioteca atendeu a comunidade no primeiro dia de greve, mas parou no segundo. Segundo a diretora, “quem  passou lá viu que não há condições de manter a BU em funcionamento”. Além do empréstimo de livros, são necessários servidores  para repor os livros nas estandes e monitorar a entrada e saída de alunos. Mesmo as  bibliotecas setoriais que fazem parte do sistema de bibliotecas da UFSC e requerem menos funcionários, como a do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM), estão fechadas.

SALA DE ESTUDOS

Clube da maçã
A sala do Clube da Maçã, aberto aos estudantes de outros centros, tem espaço para doze pessoas e conta com pontos de conexão à internet.

Os estudantes questionaram a falta de espaço físico, que afeta principalmente quem mora longe da universidade e não tem onde estudar em dias que devem permanecer no Campus. Esse motivo levou Eduardo Beltrame – aluno de química que organizou o “Ocupa BU” – procurar uma alternativa ao ver que o grupo de estudos do qual participava, Clube da Maçã, quase se dissolver. Conseguiu “emprestada”, com a direção do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas  a sala de Informática no 5º andar do Espaço Físico Integrado (EFI). O local, que estava sendo utilizado como depósito de livros, foi mobiliado para ser utilizada como sala de estudos e está em funcionamento desde 8 de abril.

A vice-reitora, Lúcia Helena Pacheco, considerou legítimas a reivindicações dos estudantes e alegou que a administração Central faz o possível para que o semestre seja finalizado. Ela não deu respostas concretas aos alunos, mas garantiu uma resposta para o espaço de estudo até sexta-feira (6), apesar dos problemas estruturais da universidade. Segundo a vice-reitora, praticamente todas as salas são ocupadas das 8h às 18h. Os alunos sugeriram espaços como auditório do EFI, fechado há cerca de dois anos, e até mesmo o Restaurante Universitário.
Confira abaixo fotos da Assembléia:
[widgetkit id=5151]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.