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Coleiras que previnem a leishmaniose são distribuídas em Florianópolis

Texto e fotos: Luiza Kons (lupkons@gmail.com) *

Quem passava pelo bairro Córrego Grande na Rua João Pio  Duarte Silva próximo à Escola Municipal Padre João Alfredo Rohr pode escutar  latidos e ver uma fila de cachorros prontos para receber a coleira branca que previne a leishmaniose, doença que atinge principalmente cachorros e que pode ser transmitida aos seres humanos através de picadas de mosquito. Somente nos últimos cinco anos, 179 animais foram diagnosticados com a doença na capital catarinense, especialmente nos bairros da região da Lagoa da Conceição.

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Rita com Tobias ,de dois anos e meio, que estava muito nervoso antes de receber a coleira branca.

 

Nos últimos 15 dias mais de cinco mil coleiras foram distribuídas pelo Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis. A ação faz parte de um projeto para combater a leishmaniose nos bairros com foco da doença: Lagoa da Conceição, Barra da Lagoa, Itacorubi, Córrego Grande, Saco Grande e Parque de Coqueiros. A previsão é de que outras cinco mil coleiras sejam colocadas em cães da cidade.

De acordo com a veterinária Paula Viriginia dos Santos, do Centro de Controle de Zoonoses, a eficácia da coleira é de quatro meses e também previne contra pulgas e carrapatos. “O animal pode apresentar reação alérgica como coceira na pele. Neste caso, o dono deve procurar um veterinário que irá orientar uma outra forma de prevenção”

Além da coleira, é importante manter a vacinação do animal em dia e ter um ambiente doméstico limpo, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Neste sábado, 22, a ação ocorre na Praça Bento Silvério, na Lagoa da Conceição das 8h30 às 13h.

Sobre a doença

No cão: Entre os principais sintomas da doença estão o emagrecimento, queda de pelos na região dos olhos e das orelhas, conjuntivite, feridas e crescimento anormal das unhas. Em muitos casos, porém, os cães não apresentam sinais visíveis, mas mesmo assim podem ser hospedeiros do protozoário causador da leishmaniose.

Quando isso acontece, o parasita se instala no animal por toda a vida. De acordo com o Ministério da Saúde, não é recomendado tratar os animais acometidos pela doença, sob o risco de serem criados parasitas resistentes à medicação.

No homem: A Leishmaniose é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania. A doença pode se manifestar de duas formas. Quando causa feridas na pele e nas mucosas, é chamada de tegumentar ou cutânea. Já a leishmaniose visceral, compromete órgãos internos, como o fígado, o baço e a a medula óssea. Os sintomas da doença são febre, indisposição, falta de apetite, anemia, palidez da pele e das mucosas e inchaço do abdômen. O tratamento contra a leishmaniose visceral para humanos está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde.

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*Colaboraram: Larissa Gaspar e Marina Simões

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