Quilombo Vidal Martins sofre com os impactos da COVID-19
Cerca de 10 moradores do Quilombo Vidal Martins testaram positivo para o coronavírus no mês de março. A comunidade fica no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis, e é composta por cerca de 26 famílias descendentes de pessoas escravizadas, trazidas para a Ilha de Santa Catarina em meados do século XVIII.
Entre os infectados está Juélia Beatriz Martins, de 63 anos, tataraneta de Joanna Crioula, uma das primeiras moradoras do quilombo. A quilombola está internada no Hospital Universitário (UFSC), com sintomas graves. Por conta da situação crítica, membros e apoiadores da comunidade passaram a pedir ajuda nas redes sociais, divulgando formas de ajuda financeira para pagar serviços médicos e cobrando medidas do poder público.
A Secretaria de Saúde de Florianópolis recebeu um pedido de urgência do Ministério Público, solicitando que técnicos de saúde do município trabalhem mais ativamente no atendimento à comunidade Vidal Martins, monitorando a situação de saúde dos moradores e providenciando medidas sanitárias.
No quilombo, a convivência entre famílias é bastante frequente e integrada, o que pode acabar intensificando a proliferação do vírus. A promessa do Estado era de que a imunização das populações quilombolas e ribeirinhas começasse a partir de uma remessa de 146 mil doses de vacina recebida no dia 20. A prefeitura de Florianópolis, no entanto, ainda não divulgou data para a vacinação.
Como ajudar o Quilombo Vidal Ramos: a comunidade esta buscando doações para custear despesas com medicamentos e assistência para as famílias. As doações podem ser feitas através de transferência bancária:
Banco do Brasil
Agência: 16-7 Conta: 73374-1
Responsável: Shirlen Vidal de Oliveira