Reportagens

Idosos realizam atividades gratuitas em projeto da UFSC em Araranguá

Reportagem por Mariana Machado 

O projeto AtivIDADE, realizado em Araranguá, oferece atividades em grupo que visam melhorar a funcionalidade do idoso, para torná-lo mais independente no seu dia a dia e prevenir futuras complicações. A iniciativa atende aproximadamente 35 idosos e conta com dois bolsistas de extensão e três alunos voluntários da graduação em Fisioterapia da UFSC.

“Em 2014, a partir de uma demanda do secretário de saúde do município de Balneário Arroio do Silva, surgiu o projeto AtivIDADE, onde nossos alunos já realizavam estágios curriculares na unidade de saúde. Estendemos o projeto para o nosso município, a pedido da Secretaria de Assistência Social de Araranguá,”, explica a coordenadora profa. Dra. Heloyse Uliam Kuriki. 

Os exercícios feitos com os idosos ajudam a melhorar o equilíbrio, resistência muscular, a flexibilidade, a coordenação motora e a convivência social, contribuindo principalmente para uma melhor qualidade de vida e prevenindo problemas de saúde.

Foto: Arquivo Pessoal

“À medida que envelhecemos, acontecem muitas alterações no nosso corpo que fazem com que o idoso já não consiga realizar suas atividades da mesma maneira, levando-o a depender mais ainda de terceiros. A fisioterapia pode atenuar algumas dessas mudanças, como a perda progressiva de força, fragilidade óssea e aumento de risco de queda. Prevenir as quedas é um ponto importantíssimo, já que a chance dele precisar de uma internação hospitalar caso sofra uma queda é alta”, explica a bolsista e estudante de fisioterapia Fernanda Spiller Ceroni.

Além de auxiliar na melhora da saúde física, as atividades também contribuem bastante para questão social e psicológica. Os bolsistas recebem relatos de idosos que melhoraram da depressão e que têm mais vontade de realizar atividades. O serviço é totalmente gratuito, mesmo as atividades não sendo feitas dentro do campus. 

O projeto se faz necessário e de extrema importância social. Porém, sua existência e a permanência dos bolsistas está em risco, já que novas bolsas não têm previsão de serem criadas e a renovação das existentes também não é garantida em função dos cortes no orçamento do Ministério da Educação e da redução nos repasses às universidades federais. 

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