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Reportagens

Espaço comunitário luta pela sobrevivência, arte e educação em Florianópolis

A busca por uma vida digna e de apoio a comunidade  em meio a pandemia é o que move a organização território coletivo  Maloka na ilha

Reportagem por Raisa Gosch

Muitos dos problemas que vemos hoje nas cidades brasileiras são agravados pela falha do poder público em alcançar a população em geral e dar a ela condições dignas de vida. Em meio a esse cenário, que é fortemente agravado pela pandemia de covid-19, uma parte da sociedade se une e decide agir a partir da sua própria organização. 

É o caso do coletivo Maloka que presta, de forma voluntária, assistência social auto-organizada à comunidade popularmente conhecida como Maloka no bairro Capoeiras, parte continental de Florianópolis. 

O coletivo funciona a partir de ações solidárias de três organizações: Movimento Bem Viver, Vivendo e Aprendendo e a Associação de Imigrantes de Santa Catarina. São elas que servem de apoio ao coletivo e trabalham para o funcionamento do espaço comunitário.   

O território coletivo Maloka oferece à comunidade cinco atividades prioritárias: Oficinas Pedagógicas, Cozinha Comunitária, Economia Solidária, Apoio aos Imigrantes e Hortas Urbanas. Todo o processo de organização e aplicação dessas atividades é construído e planejado entre as três organizações que trabalham em conjunto através de reuniões semanais.

Samuel Quadros, motoboy, líder do projeto social Vivendo e Aprendendo e um dos fundadores do território coletivo Maloka, conta que atividades como o jiu-jitsu, boxe, capoeira, escolinha de futebol, reforço escolar, dança, ballet e teatro são oferecidas a toda comunidade pelo coletivo.

 além da distribuição de marmitas comunitárias nas sextas-feiras, sopas na quinta-feira e apoio no atendimento aos imigrantes do Estado

Além das atividades educacionais para crianças e da oferta de refeições, o coletivo também disponibiliza o Escritório do Povo, com internet, impressora, cinema e sala reunião; a Cozinha Comunitária, para fazer o café da manhã e as marmitas; Assessoria Jurídica; Atendimento Psicológico; Biblioteca Comunitária; Núcleo de Organização dos Imigrantes; Gestão Comunitária de Resíduos Sólidos e Agricultura Urbana.

Para manter todas as atividades que são oferecidas à comunidade, o coletivo busca a independência financeira por meio de uma vakinha virtual e da venda de camisetas.

Para garantir o ano todo de funcionamento, o coletivo precisa arrecadar R$ 30 mil Com este valor,  é possível garantir o espaço aberto durante toda a semana com apoio de duas pessoas responsáveis e também arcar com pequenos custos de manutenção do espaço, do café da manhã, da horta comunitária e do escritório popular, tais como internet, luz, impressões, computador, alimentos para o café e insumos para a horta.

Cozinha comunitária do território coletivo Maloka

Falhas de política assistencial em Florianópolis  

O coletivo Maloka atende, por semana, cerca de 150 pessoas. Por mês, esse número chega a 600. O número de colaboradores fica na média de 20 pessoas que constroem as atividades permanentemente e o número de voluntários varia de acordo com o tipo de atividade.   

Samuel explica que a prefeitura de Florianópolis, antes da pandemia, colaborava  junto ao projeto, mas após a chegada da covid-19 esse apoio deixou de existir.

Atualmente, nesse cenário de pandemia, os equipamentos da prefeitura se afastaram, deixando a comunidade ainda mais vulnerável. O que realizamos aqui  é por iniciativa própria!

A Diretoria de Proteção Social Básica da prefeitura de Florianópolis foi procurada pela repórter e até o dia de hoje não deu retorno para entrevista ou nota de esclarecimento sobre os motivos que levaram ao afastamento na assistência das atividades oferecidas pelo coletivo Maloka à comunidade. 

Torne-se um voluntário

Para ajudar de alguma forma o projeto, você pode doar e divulgar a vakinha virtual, contribuindo com doações de alimentos e de materiais. Para se unir ao projeto como voluntário é só preencher o formulário de inscrição abaixo

E se você quiser conhecer mais sobre o território coletivo Maloka acesse as redes sociais:

@sociedadedobemviver

@socialvivendoeaprendendo

@aisc_imigrantes

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