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Dificuldade em encontrar professor atrasa aulas no Alemão

Texto: Mariana Rosa (mari.rosa.90@gmail.com)

Os alunos da licenciatura em Letras Alemão da UFSC ficaram dois meses sem aula, devido ao atraso na contratação de um professor substituto para a área. As disciplinas Metodologia de Ensino e Estágio Supervisionado I são oferecidas pelo Departamento Metodologia de Ensino (MEN) do Centro de Ciências da Educação (CED), que abriu concurso para a vaga no final de setembro, mas precisou prorrogar as inscrições até outubro devido à falta de candidatos doutores e mestres.

Desde agosto sem aula, os alunos só foram comunicados oficialmente do que ocorria no início de outubro – quando afixaram no hall do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) um cartaz, agora já retirado, cobrando uma solução para o problema. Após uma reunião entre alunos, coordenação do curso e chefia do MEN, as aulas de Metodologia de Ensino começaram a ser ministradas pela professora titular, que se aposenta no próximo semestre. Já a disciplina de Estágio Supervisionado, originalmente oferecida em três módulos semestrais, vai ter a partir do próximo ano sua carga horária dividida em dois módulos – como nos demais cursos de língua estrangeira da universidade.

Na última prorrogação do concurso, cujo único pré-requisito era a Licenciatura em Letras Alemão, cinco candidatos se inscreveram para a vaga.

Faltam professores para o ensino de alemão?

Na avaliação do coordenador do curso de Letras Alemão Werner Heidermann, a dificuldade em encontrar candidatos para a área não tem a ver especificamente com a formação em alemão, mas sim com o caráter temporário da vaga. “Para a pessoa qualificada, não é interessante atuar como professor substituto”.

Embora considere que a situação poderia ter acontecido em outros cursos de língua estrangeira, o professor reconhece que a necessidade da experiência com sala de aula possa ser um dos motivos para a inicial falta de interesse no concurso.

Para o formando Daniel Vasconcelos, a dificuldade na contratação de profissionais para esta área, do ensino da língua alemã, reflete a falta de integração entre a universidade e a comunidade: “Se houvesse dedicação em levar o ensino da língua para espaços públicos haveria mais retorno. Entramos na universidade pública e saímos como mão de obra para iniciativa privada ou para o exterior”.

Confira no quadro abaixo a oferta de ensino da língua alemã nas cidades catarinenses segundo levantamento do Goethe Institut.

 

Acesse o levantamento na íntegra:

Escolas públicas

Escolas privadas

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