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Dia do meio ambiente: conheça um pouco sobre as áreas de preservação da Ilha de SC

Texto e mapa: Bruna Andrade (brunandrade92@gmail.com)

Até o século XVIII, a região onde hoje se encontra Florianópolis possuía encostas cobertas por mata densa e planícies com vegetação de restingas, manguezais e florestas. Com a colonização, o ambiente foi rapidamente degradado para as práticas agrícolas, atividade que levou a um desmatamento quase integral da Ilha.

O declínio da economia rural proporcionou o começou de recuperação da vegetação originária, já em meados do século XX. Mas em seguida, o crescimento urbano veio a fazer os ecossistemas da região sofrerem novos impactos devido a ocupação desordenada. A faixa litorânea, dunas, lagoas, mangues e encostas cobertas por matas remanescentes foram comprometidas.

Para contornar o problema, alguns locais foram classificados como Área de Preservação Permanente, Área de Preservação com Uso Limitado e Unidades de Conservação.

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Veja no mapa a seguir quais são as áreas preservadas em Florianópolis.


Fonte: FLORAM

Classificação da Ilha do Arvoredo como Reserva Biológica é motivo de polêmica

Entre Florianópolis e Bombinhas encontra-se a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, ilha que abriga uma variedade de espécies, algumas inclusive em extinção. A área é uma unidade de conservação do patrimônio natural catarinense e não é aberta para visitação, exceto para prática de mergulho com empresas credenciadas. Há muito tempo discute-se no Estado se o local deveria mudar da categoria de reserva para parque, permitindo que o público conhecesse as riquezas naturais da região.

Conheça um pouco da Ilha do Arvoredo e entenda a polêmica de uma possível mudança de categoria no documentário realizado pelos alunos do jornalismo em parceria com os estudantes de oceonografia da UFSC:

A Reserva Biológica Marinha do Arvoredo from José Lucas Caetano de Oliveira on Vimeo.

Projeto de extensão da UFSC aproveita a data para inaugurar borboletário

O Laboratório de Ecologia Terrestre Animal da UFSC (LECOTA) inaugura neste Dia Mundial do Meio Ambiente o Borboletário Woody Benson no Parque Ecológico do Córrego Grande. O espaço faz parte do projeto de extensão do curso de Ciências Biológicas da UFSC “Diversidade de Insetos do Parque Ecológico Córrego Grande: Educação Ambiental e Conservação”, coordenado pela professora Malva Medina. Desde 2008 a equipe atende o público do Parque mostrando insetos vivos criados e coletados no local.

O borboletário é um espaço pequeno, cabendo apenas cinco pessoas de cada vez para observação dos insetos. Além da criação e manutenção das espécies, seu interior abriga as plantas que as borboletas utilizam para alimentação e colocar ovos. Serão cinco diferentes borboletas e três tipos de besouros expostos.

A captura dos animais é realizada por meio de armadilhas e eles são criados até a reprodução. Após o nascimentos de uma nova geração, o grupo devolve alguns insetos para a natureza, nos mesmos lugares onde foram pegos. Depois de algumas gerações, são capturados novos animais para manter a variabilidade genética.

Os recursos para a construção do espaço foi solicitado para a UFSC em 2012 através do Programa de Apoio às Ações de Extensão (PROEXTENSÃO), que tem por objetivo financiar ações de projetos de extensão relacionados a ensino e pesquisa. O nome do Borboletário Woody Benson foi escolha da professora Medina: “É uma pequena homenagem minha ao meu orientador no mestrado em Ecologia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Ele é uma pessoa que formou muita gente, que nos ensinou muito!”

Veja a galeria abaixo com fotos do futuro espaço e o trabalho da equipe do projeto de extensão no Parque Ecológico do Córrego Grande.

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Fotos: LECOTA

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