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Coleta de lixo eletrônico é feita nos terminais urbanos

Texto: Larissa Gaspar e Samantha Sant’Ana

Edição: Mariana Rosa (mari.rosa.90@gmail.com)

O projeto Reciclaí, da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável instalou nos terminais de integração de ônibus e no parque de Coqueiros, sete caixas para coleta de lixo eletrônico. A campanha começou no final de outubro e tem por objetivo conscientizar a população sobre os riscos gerados pelo descarte indevido desses materiais.

Uma das coordenadoras do projeto, Fabiana Gama, explica que a campanha começou na Semana Municipal de Ciência e Tecnologia, com a distribuição de 10 mil panfletos explicativos à população. O lixo é recolhido uma vez por semana e ainda não foi possível contabilizar a quantidade arrecadada. Fabiana destaca que o objetivo é a coleta de equipamentos tecnológicos inutilizados, como impressoras, teclados, cabos, mouses, celulares, notebooks e baterias desses equipamentos. Eletrodomésticos e eletroeletrônicos não são aceitos, assim como pilhas, porém, caso estas sejam depositadas serão levadas ao destino correto.

O descarte indevido do lixo eletrônico pode causar contaminação, veja no quadro abaixo os efeitos de alguns elementos tóxicos usados na fabricação destes materiais:

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Fonte: Secretaria do Meio Ambiente do Governo de São Paulo

O lixo eletrônico recolhido é enviado ao Centro de Reciclagem Tecnológica de Florianópolis (CERTEC), onde é reutilizado e transformado em um novo aparelho. A estimativa é que a cada dez computadores descartados, três novos são montados. Estes equipamentos são enviados para programas de inclusão digital, são mais de 20 telecentros espalhados pelas comunidades carentes da Grande Florianópolis em uma parceria com o Centro de Democratização da Informática (CDI).
Nos telecentros, os jovens podem acessar a internet, imprimir trabalhos, enviar e-mails, e até aprender a mexer em softwares nos cursos gratuitos oferecidos pelo CDI. Enéas Siqueira, técnico de informática do CERTEC, explica que os materiais que não são utilizados para transformar esses computadores tem outro destino: “O tonner das impressoras, fios e plásticos nós enviamos para empresas com certificação para que elas utilizem esses materiais na fabricação de outros equipamentos. As pilhas, por exemplo, nós precisamos pagar uma empresa para dar um destino adequado, pois não trabalhamos com elas e não é qualquer empresa que dá esse suporte”.

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O funcionário da empresa de transporte público Transol, Diego Azevedo, conta que observou aumento no número de pessoas que saem dos ônibus no terminal carregando equipamentos eletrônicos para deixá-los no local de descarte adequado. Porém, o lixo descartado vem chamando a atenção de outras pessoas. “O curioso é que nós também vemos os moradores de rua pegando esses equipamentos da caixa, mas não sei ao certo o que eles fazem com isso”.

Além dos pontos criados nos terminais, existem mais 27 espalhados pela Grande Florianópolis. Oito estão localizados nas filiais da rede Supermercados Angeloni (Coqueiros, Jardim Atlântico, Avenida Rio Branco e Santa Mônica, por exemplo). O caminhão do CERTEC passa a cada duas semanas nesses pontos para recolher o lixo eletrônico.

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