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Ciência sem Fronteiras está com inscrições abertas

Texto e arte: Beatriz Santini (beatrizfsantini@gmail.com)

Quem já sonhou em passar uma ano estudando em uma universidade de outro país com tudo pago? Essa é a oportunidade oferecida pelo governo federal através do programa Ciência sem Fronteiras, que começou em 2011 e já ofereceu bolsa de estudos para mais de 62 mil estudantes. A meta é que até 2015 sejam oferecidas 101 mil bolsas.

Pedro Pastorelli em visita ao MIT nos EUA
Pedro Pastorelli em visita ao MIT nos EUA

O programa está com inscrições abertas para universitários estudarem em instituições de ensino de 21 países: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, China, Coréia do Sul, Espanha, EUA, Finlândia, França, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Reino Unido e Suécia. As inscrições vão até o dia 29 de setembro para alguns países e dia 30 de setembro para outros.

Para poder participar é necessário atender alguns pré-requisitos, entre eles, cursar uma das áreas contempladas pelo programa, que são as de exatas ou ciências biológicas. Os estudantes das área de humanas não estão incluídos nesse edital.

Durante o período de estudo no país, os participantes do Ciências sem Fronteiras recebem por mês uma bolsa que custeia sua permanência . Esse valor varia dependendo do local de destino. Para intercâmbio nos Estados Unidos, por exemplo, a bolsa é de 870 dólares para alunos de graduação, e para alguns países da Europa chega à 1180 dólares. Há ainda um adicional para países com custo de vida muito alto, como Austrália, Japão e Dinamarca.

Os estudantes que já tiveram essa experiência afirmam que o programa atende as expectativas. Pedro Pastorelli, estudante de Engenharia Automotiva da UFSC, teve a oportunidade de estudar por um ano no Kettering Univerity, em Michigan, nos EUA.  Ele conta que, durante a experiência de intercâmbio, teve contato com uma forma diferente de ensino: “ Lá é menos complicado e com um foco maior em projetos e trabalhos em grupo. As provas são mais fáceis, mas os professores realmente conseguem passar o conteúdo para que o aluno saiba tudo sobre o assunto”.

Gabriela Tuma esquiando em Whakapapa, NZ
Gabriela Tuma esquiando em Whakapapa, NZ

Além do estudo na universidade, o programa também incentiva o estudante a fazer algum estágio dentro da sua área de aprendizado durante o período. “Eu gostei muito do estágio que realizei, trabalhei com algumas ferramentas que eu havia estudado e trabalhado um pouco na universidade, mas ver e fazer a aplicação disso na indústria foi muito interessante”, conta Pedro Pastorelli.

A estudante de Engenharia de Produção na UDESC, Gabriela Tuma, está há apenas um mês na Nova Zelândia, mas também já está sentindo o impacto do intercâmbio para sua carreira e vida pessoal. “Aqui é um pais muito multicultural, então você anda dois metros na rua e encontra pessoas de todos os continentes. E a infraestrutura da universidade que estou não se compara com a do Brasil, aqui tem mais laboratórios e workshops para você participar ao longo do curso”.

O Programa já implementou 62.821 bolsas de estudo, sendo que 51.789 delas na modalidade graduação-sanduíche, como o de Pedro e Gabriela, que é destinada aos universitários que ainda não concluíram a sua formação. Segundo os dados do painel de controle on-line do Ciência sem Fronteiras, a maioria das bolsas concedidas foram para estudante da região sudeste do Brasil, entre os países o mais procurado são os Estados Unidos, e maior parte dos universitários que participaram são do sexo masculino (última atualização feita em junho de 2014).

Confira a seguir todas as etapas do processo do Ciência sem Fronteiras:

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