Assembleia define reivindicações emergenciais da greve na UFSC
Texto e fotos: Luan Martendal
O Comando Local de Greve Docente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) definiu quatro reivindicações emergenciais para melhorar as condições de trabalho na Instituição. As estratégias foram debatidas na sexta-feira (21) por um grupo de cerca de 70 pessoas, em assembleia realizada no Auditório do Departamento de Arquitetura e Urbanismo. Conforme representantes do movimento, no dia 22 de junho pelo menos 150 professores da UFSC aderiram à Greve Nacional Docente, que já atinge 48 instituições públicas federais.
Os quatro pontos prioritários da categoria, foram aprovados por unanimidade. Eles referem-se à valorização e contratação de mais servidores técnico-administrativos (TAEs) a fim de garantir apoio aos professores e evitar desvios de função; defesa da progressão automatizada dos docentes; tornar público os dados sobre o adoecimento dos TAEs e restringir o acesso dos docentes ao SPA, somente àqueles absolutamente necessários aos cargos de gestão.
As ações serão debatidas durante a 2ª Assembleia Geral da Comunidade Universitária, marcada para quarta-feira (26), no Hall da Reitoria. Os itens acompanham uma série de outras reivindicações discutidas em âmbito nacional, como a defesa do caráter público da universidade, a garantia da autonomia, a melhoria nas condições de trabalho docente, a reestruturação da carreira e a recomposição salarial.
De acordo com Célia Vendramini, professora do Centro de Ciências da Educação da UFSC, o objetivo do debate é aumentar a mobilização em torno de problemas que atingem servidores técnico-administrativos, estudantes e professores da universidade, em decorrência de cortes orçamentários anunciados pelo Governo Federal.
“Houve uma ampliação do movimento nacionalmente, localmente também com uma ampliação, mas confusa, em que alguns cursos estão paralisados, mas não em greve. Não há dúvidas de que a gente tem um aumento do debate, se pautou na universidade o problema do corte do orçamento fundamentalmente, o problema das condições de trabalho e das condições de permanência”, explicou na ocasião. A intensão do grupo é articular uma aproximação com os professores que paralisaram suas atividades, mas não se reconhecem como grevistas.
Segundo a professora de Pedagogia, Astrid Avila, o Comando Local de Greve optou por eleger pautas prioritárias para intensificar as negociações com a reitoria da universidade. “Essa pauta ela tem que ser enxuta, tem que ser concisa, ela não vai resolver todos os nossos problemas, mas a gente vai dizer ‘olha, no grau de saturação que a gente está: esses quatro itens para nós são emergenciais’”, explica.
Paralisações na UFSC
Professores dos departamentos de Arquitetura e Geociências aderiram à greve. Cursos como Serviço Social, Educação do Campo, Pedagogia, Geografia, Geologia, Oceanografia, História, Farmácia, Veterinária (campus Curitibanos), Artes Cênicas e Filosofia também apresentam paralisações. De acordo com a Diretoria-Geral de Comunicação da UFSC, todos os dados referentes a cortes orçamentários e condições acadêmicas e de permanência estudantil foram liberados no dia 13 de agosto durante reunião extraordinária do Conselho Universitário.
Movimento Nacional
Confira a lista de Institutos Federais de Educação (IFEs) com adesão à Greve Nacional dos Docentes Federais – Dados atualizados em 24 de agosto de 2015 –
Fonte Andes / Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
N° Seção Sindical IFE
1 ADUFAC – Universidade Federal do Acre
2 ADUA – Universidade Federal do Amazonas
3 SINDUFAP – Universidade Federal do Amapá
4 ADUFRA – Universidade Federal Rural da Amazônia
5 ADUFPA – Universidade Federal do Pará
6 SINDUNIFESSPA – Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
7 SINDUFOPA – Universidade Federal do Oeste do Pará
8 ADUNIR – Universidade Federal de Rondônia
9 SESDUF – RR Universidade Federal de Roraima
10 SESDUFT – Universidade Federal de Tocantins
11 SINDIFPI – Instituto Federal do Piauí
12 ADUFERSA – Universidade Federal Rural do Semiárido
13 ADUFAL – Universidade Federal de Alagoas
14 ADUFS – Universidade Federal de Sergipe
15 ADUFPB – Universidade Federal da Paraíba
16 SINDUNIVASF – Universidade do Vale do São Francisco
17 APUB – Universidade Federal da Bahia
18 APUR – Universidade do Recôncavo da Bahia
19 ADUFOB – Universidade Federal do Oeste da Bahia
20 APRUMA – Universidade Federal do Maranhão
21 ADUFCG – Universidade Federal de Campina Grande
22 ADUFCG – PATOS Universidade Federal de Campina Grande – Patos
23 ADUC – Universidade Federal de Campina Grande – Cajazeiras
24 ADUFMAT – Universidade Federal do Mato Grosso
25 ADUFMAT – RONDONÓPOLIS Universidade Federal do Mato Grosso – Rondonópolis
26 CAMPUS GOIÁS – Universidade Federal de Goiás
27 ADCAJ – Universidade Federal de Goiás – Jataí
28 ADCAC – Universidade Federal de Goiás – Catalão
29 ADUFDOURADOS – Universidade Federal da Grande Dourados
30 ADUFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
31 SESDIFMT – Instituto Federal do Mato Grosso
32 ADLESTE – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – Três Lagoas
33 ADUFF – Universidade Federal Fluminense
34 ADUFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
35 ADOM – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – Campus de Mucuri
36 ADUFLA – Universidade Federal de Lavras
37 SINDFAFEID ADUFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – Campus de Diamantina
38 CLG – UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
39 CLG – UNILAB Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
40 ADUFOP – Universidade Federal de Ouro Preto
41 APESJF – Universidade Federal de Juiz de Fora
Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
42 ADUNI-RIO – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
43 APUFPR – Universidade Federal do Paraná
44 ADUFPI – Universidade Federal do Piauí
45 ADUFC – Universidade Federal do Ceará
46 Universidade Federal do Cariri
47 ADUFTM – Universidade Federal do Triângulo Mineiro
48 CLG UFVJM – Unaí Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – Campus de Unaí.