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Programa SOS Desparecidos busca parceria com a UFSC

Texto:Marília Marasciulo (mariliamarasciulo@gmail.com)

Infogr.am: Merlim Malacoski (merlimiriane@gmail.com)

O prazo para que os interessados em participar de uma possível parceria entre a UFSC e o programa SOS Desaparecidos, da Polícia Militar, entrem em contato com a Pró-Reitoria de Pesquisa foi estendido até semana que vem, no dia 14. A ideia é que a universidade contribua com o programa, que busca solucionar casos de desparecimento no estado, através da criação de bancos de dados, assistência social e psicológica às famílias das vítimas, divulgação dos desaparecidos, entre outros. Quem tiver interesse em participar deve enviar um e-mail a Propesq (propesq@contato.ufsc.br) informando a área em que deseja atuar.

A manifestação de interesse por parte da comunidade acadêmica serve para que um projeto institucional possa ser elaborado. Até agora, 15 pessoas entraram em contato com a pró-reitoria. Segundo o pró-reitor de Pesquisa Jamil Assreuy, não existe um número mínimo de interessados necessário para que isso aconteça. “Muitos projetos começam com cinco ou seis pessoas e depois, se ele for interessante, mais pessoas se agregam.”

Assreuy acredita que a participação da universidade  seria importante porque o SOS Desaparecidos abrange áreas muito diversas de conhecimento. Além disso,a parceria também teria um importante aspecto social. “É uma maneira da UFSC retribuir para a comunidade um pouco do que estão pagando para estarmos aqui.”

Todos os anos, cerca de três mil pessoas desaparecem em Santa Catarina (ver infográfico abaixo). De acordo com o coordenador do SOS Desaparecidos, major Marcus Roberto Claudino, a maioria são jovens que fogem de casa por causa de conflitos no ambiente familiar, como abuso sexual ou violência doméstica. Alguns não querem ser encontrados e precisam de acompanhamento psicológico quando isso acontece, outros vivem em situações precárias, até mesmo vítimas de tráfico de pessoas. “Não é coisa de novela não”, disse Claudino.

O programa SOS Desaparecidos foi criado pela Polícia Militar em 2012, mas desde 2011 um grupo de voluntários e familiares de pessoas desaparecidas trabalhava em conjunto na causa. Até agora, segundo Claudino, 17 pessoas foram encontradas diretamente pelo trabalho da equipe de quatro pessoas, que também facilitou a busca por muitas outras, inclusive em outros estados.  Ele ressalta a importância da parceria com a universidade para ampliar e efetivar a atuação do programa.

 

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