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Polêmica de atrações canceladas marca Maratona Cultural

Texto e fotos: Ayla Passadori (aylaanp@gmail.com)

A 4a Maratona Cultural de Florianópolis modificou o cotidiano das ruas durante os três dias de comemoração do aniversário da cidade. Ontem à tarde, senhoras católicas desviavam de barbudões metaleiros e outras espécimes de roqueiros que assistiam à Orquestra de Baterias na escadaria da Catedral Metropolitana. Cerca de 60 bateristas, entre crianças, adolescentes e mais experientes, tocaram Born to Be Wild, da banda Steppenwolf, e mais clássicos do gênero, enquanto preces eram feitas dentro da igreja.

Outra escadaria, a do Rosário, se tornou palco para bandas em todas as noites da Maratona. Por lá passaram Skrotes, Almah, a dupla paulistana de indie eletrônico Aldo The Band, o cantor brega paraense Felipe Cordeiro. Foram 175 atividades culturais, desde espetáculos teatrais, pedaladas, shows de música, dança, malabarismo a exposições de arte e fotografia, que mudaram a rotina em 41 locais da cidade. O Parque de Coqueiros recebeu o músico François Muleka e Tom Zé, que fechou o evento.

Houve polêmica envolvendo o cancelamento de apresentações um dia antes de a Maratona começar. Na manhã de quinta feira, o Governo do Estado de Santa Catarina comunicou que não repassaria a verba, cerca de 50% do orçamento do evento, devido a prestações pendentes de edições anteriores. O grupo local de dança e música africana Abayomi, que teve sua participação cancelada, afirmou em seu site que essa situação fez da Maratona um exemplo de desinteresse do setor público e privado em promover a cultura.

A falta de investimento no setor também levou os servidores da Secretaria do Estado, Turismo e Cultura (SOL), da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), da Secretaria de Assistência Social e da Fundação Catarinense de Educação Especial a protestar em frente ao CIC, durante o espetáculo Gala Bolshoi, na sexta.

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