Reportagens

O que acontece com as chaves da BU?

Reportagem e fotografia por Rodrigo Barbosa (rodrigobpp@hotmail.com)

Local de estudo e descanso para a comunidade acadêmica da UFSC, a Biblioteca Central do Campus Trindade (BU) recebe cerca de 5 mil pessoas por dia. A Biblioteca é equipada com 900 armários, nos quais seus usuários devem guardar pertences como bolsas e mochilas antes de acessar as principais dependências do prédio. Cada um deles tem uma chave, que fica sob posse do usuário e deve ser devolvida ao sair. Nos últimos meses, porém, o número de chaves tem diminuído continuamente. 

O último levantamento feito pela Diretoria da BU é de dezembro de 2018. Nele, consta que 155 armários tinham chaves danificadas ou perdidas. A estimativa é que esse número já ultrapasse 200 chaves no começo de abril. Ou seja, mais de 20% dos armários estão inutilizados.

De acordo com a coordenadora da Biblioteca Central, Gleide Bitencourt, a maior parcela de culpa é dos próprios alunos. Ela relata que falta consciência a parte da comunidade acadêmica com o bem público, o que resulta em vários chaveiros danificados: de 3 a 5 chaves são entregues todos os dias pela equipe de segurança do edifício com algum tipo de dano. A coordenadora ainda destacou que pessoas em situação de rua têm usado os armários “como guarda-roupas” e, para deixarem o prédio sob posse das chaves, quebram os chaveiros. Isso pois existem detectores de metal na saída do edifício que soam quando algum chaveiro passa por eles.

Para resolver o problema, um processo não licitatório foi iniciado para a compra de novos chaveiros. Além disso, uma licitação foi aberta para a compra de armários novos e maiores. A expectativa da coordenação é que o primeiro processo não leve muito tempo, porém não há previsão para a conclusão de nenhum dos dois. 

Enquanto não há solução definitiva, os usuários da BU têm sido autorizados a entrar nas dependências do prédio com mochilas em horários de grande movimento, quando não há armário disponíveis para todos. Bitencourt afirmou que a medida exige ainda mais rigor na segurança para proteger o acervo da Biblioteca e de seus usuários. “Não é o ideal, mas a gente faz o que pode”.  

Em paralelo, a coordenação da Biblioteca planeja realizar uma campanha de conscientização ainda para o primeiro semestre de 2019. Bitencourt não deu muitos detalhes sobre a campanha, mas afirmou que “terá até um pouco de humor, para tentar conscientizar a galera mais jovem”. 

Outra alternativa de melhoria de segurança que tem sido discutida é a troca das catracas que dão acesso ao prédio. Substituir as atuais por catracas mais modernas, porém, seria uma operação de alto custo. Com os problemas financeiros enfrentados pela UFSC, a coordenadora afirma que é uma medida a ser discutida para longo prazo.

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