Empresas têm 90 dias para evitar que joias encontradas na UFSC sejam leiloadas
Texto: Natália Pilati (natt.ufsc@gmail.com)
Fotos: Henrique Almeida/Agecom
Passada a surpresa causada pelo aparecimento de uma caixa de papelão cheia de joias junto a uma encomenda feita pela
UFSC, a Receita Federal aguarda documentação da transportadora e do fornecedor da mercadoria para que possa descartar as suspeitas de contrabando e devolver os adornos ao seu verdadeiro destinatário. Ao ser contatada pela Receita, a transportadora americana disse que o erro teria ocorrido no empacotamento dos produtos no aeroporto de Miami. Agora as empresas têm 90 dias para comprovar a origem e o destino das joias para que não sejam leiloadas.
A história começou no dia 11 de abril, quando a biomédica e servidora da universidade Bibiana Sgarzola de Almeida desempacotava as seis embalagens das peças do Chemidoc, sistema de foto-documentação de análise de géis e membranas comprado da empresa nova-iorquina Bio-rad para o Laboratório Multiusuário de Estudos em Biologia (Lameb) da UFSC e se deparou com as joias. Apesar de ter chegado à universidade ainda no final do ano passado, no dia 26 de dezembro, a encomenda permaneceu fechada e armazenada no Lameb até abril porque não havia um técnico capacitado para montá-la.
Os braceletes e colares feitos de ouro branco, prata e pérolas do designer americano David Yurman estavam embrulhados em papel de seda branco e plástico bolha e divididos em 17 envelopes de papel. Em foto publicada na página de notícias da universidade, a etiqueta de preço de uma pulseira registrava o valor de 2350 dólares. O valor total das jóias foi avaliado em 95 mil dólares, mais de 3 vezes o preço do aparelho encomendado pelo laboratório.
Os fiscais da Receita Gilberto Tragancin e Edmir Paes e Lima vieram à UFSC somente na última segunda-feira para recolher as joias. Através das informações disponíveis nas faturas grampeadas a cada um dos envelopes foi possível identificar o fornecedor da mercadoria e seu comprador. As peças, que vieram de Nova York, deveriam ser entregues em Cancún no México.