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Ambulatório na Lagoa é especializado em atender transsexuais e travestis

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Texto: Manuela Tecchio (manuela.tecchio@gmail.com)

Está em funcionamento no Centro de Saúde Lagoa da Conceição, desde o dia 10 deste mês, um ambulatório especializado no atendimento a transsexuais e travestis. O posto funciona todas as segundas-feiras das 18 às 22h. Esta ação é o resultado de uma articulação entre a ONG ADEH (Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade) e da Residência de Medicina de Família e Comunidade de Florianópolis.

Os médicos residentes realizam todos os atendimentos de forma voluntária. A ideia é fazer com que pessoas transgênero recebam o tratamento que deveriam ter em qualquer outro hospital: serem atendidas com respeito, sem preconceito e tratadas por seu nome social – direito garantido por lei. Aliás, na carteirinha do SUS é o nome social do(a) transgênero que deve constar, e não seu nome de batismo. Os membros da ADEH explicam que o posto da Lagoa foi escolhido para abrigar o ambulatório por causa dos horários disponíveis. É um dos Centros que fica aberto até mais tarde na capital, facilitando a agenda dos voluntários.

Os tipos de atendimento realizados são de clínica geral, mas alguns cuidados especiais também são tomados. Como, por exemplo, o receitamento de terapia hormonal. O ambulatório ainda não disponibiliza os hormônios aos pacientes por motivos burocráticos. Mas a intenção é que no futuro, os medicamentos sejam fornecidos gratuitamente.

Além deste, o projeto visa abrir outros centros de atendimento. Já está em andamento a criação de um ambulatório como o da Lagoa no Rio Tavares. Para projetos futuros, os residentes pretendem contar com a ajuda financeira da prefeitura para assalariar os médicos e conseguir os medicamentos necessários.

Lirous Fonseca Ávila, presidente da ADEH, explica que, na melhor das hipóteses, nem precisaria existir um projeto como este. Isto porque os ambulatórios especializados estão previstos para serem implementados dentro do SUS há alguns anos. “O que ocorre é que particularmente os médicos andam tendo alguma resistência, baseado em preconceitos e ideologias, ferindo até mesmo o seu juramento enquanto profissional da área da saúde.”, lamenta Lirous.

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