Reportagens

Estudantes e professores da UFSC reúnem-se para dizer não à violência contra a mulher

Texto e fotos: Anaíra Sarmento (anairasmsarmento@gmail.com)

Já passava das 11h30 quando diversas pessoas se organizavam em frente à Reitoria, na manhã de ontem. A faixa “A UFSC diz não à violência contra a mulher” chamava a atenção dos passantes, que transitavam entre fitas de cor lilás, pinturas e cartazes.

O ato foi uma iniciativa da recém-criada Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD), dirigida por Francis Solange Vieira Tourinho, e faz parte de um projeto que visa a realização de intervenções temáticas e mensais, nos cinco campus da UFSC. “Hoje, o foco é a mulher, para que a Universidade pare e pense sobre essa violência. Estamos fazendo um marco. A SAAD vai ser um locus de escuta e encaminhamento”. A professora de Enfermagem, integrante do Serviço de Atendimento à Mulher, Olga Regina Zigelli Garcia, ratifica, “buscamos instalar uma nova cultura na UFSC, harmônica e humanizada”.

Ainda na Praça da Cidadania, logo o silêncio foi interrompido por gritos de ordem, que ecoavam em apoio às mulheres e em repúdio à cultura do estupro.

No mesmo espaço, uma nova manifestação reuniu várias mulheres que se sentem ameaçadas e algumas integrantes da Maria Bonita – ColetivA Feminista da Biologia da UFSC que também se posicionaram. “A importância do ato é mostrar que atitudes que incitam a violência e o desrespeito não serão aceitas dentro da Universidade e em nenhum espaço. Não falamos de silenciar pensamentos diferentes, pois há muitas discussões saudáveis acontecendo, mesmo com opiniões divergentes. Mas expressões facistas não podem ser toleradas”. As estudantes fazem referência às atitudes e discursos agressivos da Chapa 0 – Frase Motivacional, que teve sua candidatura para o Diretório Central dos Estudantes Luís Travassos (DCE) impugnada, durante sessão do Conselho de Entidades de Base da UFSC (CEB), na tarde de ontem. “O que a gente quer passar é que os diferentes tipos de assedio (moral, físico ou psicológico) não sejam aceitos e que a SAAD tome medidas efetivas e imediatas”.

Maria Bonita – ColetivA Feminista da Biologia da UFSC

 

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