Foto:Kai Pilger/Unsplash
Reportagens

Coronavírus: cuidados para quem não pode parar de trabalhar

Reportagem de Fernanda Biasoli

Desde o primeiro caso confirmado de coronavírus no país, em 26 de fevereiro, o Brasil começou a adotar progressivamente medidas de controle da doença. Hoje (31), cerca de um mês depois do primeiro infectado, são mais de 4 mil casos confirmados e 159 mortes por Covid-19 no país. A orientação é para que as pessoas fiquem em casa, escolas e universidades adotaram o ensino a distância e o termo home office nunca esteve tão em alta. Restaurantes, mercados e casas noturnas estão fechados ou funcionando com restrições. “Isolamento social”’ é como se tem definido a nova realidade de quarentena. Como reflexo, as redes sociais inundaram com hashtags que pedem para as pessoas não saírem de suas casas. 

Nesse contexto, surge um debate: o isolamento, até agora, se mostrou a medida mais eficiente de combate à propagação do novo Coronavírus, mas a sua plena realização é um direito a que poucos possuem acesso. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os trabalhadores informais representam 41, 4%  do mercado de trabalho, aproximadamente 38 milhões de pessoas e aqueles que trabalham por conta própria, os profissionais autônomos, atingem a marca de 24 milhões. É uma grande parcela da população brasileira que não consegue realizar home office ou parar de trabalhar pois não possuem nenhuma garantia de proteção social. Em tempos pandêmicos, continuam se expondo ao risco de contrair a doença por não ter opção.

Nos últimos dias, o governo federal vem estudando quais ações podem ser realizadas para amenizar o impacto econômico da pandemia e algumas medidas estão sendo tomadas. O projeto de lei que prevê emissão de vouchers de auxílio emergencial para informais foi aprovado na segunda-feira (30) pelo Senado. O PL agora aguarda a sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro. De qualquer forma, enquanto essas propostas não são postas em prática, as pessoas precisam continuar trabalhando.

Pensando nisso, o Cotidiano conversou com Ivete Masukawa, médica infectologista do Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) e ela passou orientações específicas para esse grupo que não pode parar, confira:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.